terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Camone




Não há coisa que mais irrite um verdadeiro Homem que um indivíduo de origem estrangeira que está no País que não é o dele e tenta “à viva força” ter algo de mais profundo com uma das nossas elegantes Fanfas. O sentimento é muito próximo com o que vivemos quando o Técnico da TV por Cabo vai à nossa casa proceder à instalação do sistema propriamente dito e pelo meio nos interpela para usar a nossa casa de banho. O resultado? 127 Canais, telefone gratuito para rede fixa, internet com downloads ilimitados e, a tampa da sanita mijada.

Mas atenção assim como o técnico da TV por cabo trouxe coisas boas, mesmo tendo em conta que a internet é demasiado lenta e que a rede de telefone está constantemente a cair, o "Camone" também traz consigo a sua vertente positiva: as Camonas!

As Camonas, quando amigas, irmãs ou primas do "Camone" são claramente um bom exemplo de evolução na nossa relação Social com o "Camone". Nessa altura passamos nós a ser o verdadeiro “Camone” do grupo.

Convidamos socialmente o grupo a sair, chegamos ao tipo de pele esquálida e camisas de tons berrantes e solicitamos em bom inglês que ele ofereça uma bebida para saciar a sede da Camona que está ali desidratada. Pegamos na bebida, bebemos nós, trocamos meia dúzia de palavras e levamos a Camona para o apartamento livre do "Camone", que já foi pago pelo mesmo. No final apenas nos passa um sentimento pela cabeça: ao contrario do que o grande economista César das Neves propagandeava afinal, “Há almoços grátis”.
E tudo isto graças ao "Camone".

É talvez a altura de tirarmos a conclusão lógica de toda esta História. Ser e parecer "Camone" não é D`Homem, Não ser e parecer "Camone" é D’Homem.

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